Chegamos

Buquê de noiva

sábado, 11 de março de 2017

As confissões do Tremendão



“Já realizei todas as minhas fantasias sexuais. Já transei com mãe e filha ao mesmo tempo, peguei gente dentro do avião, transei em cachoeira, debaixo d’água... Mas o melhor lugar é na cama, no conforto dos lençóis cheirosos”.

"Mas a Jovem Guarda era mesmo alienada. Não líamos nem jornal. Éramos meninos de rua, não tínhamos pedigree de universidade. A elite cobrava da gente algo que não vivíamos, estávamos longe disso".


Algumas das confissões do cantor e compositor Erasmo Carlos no livro autobiográfico "Minha fama de mau".

O dia em que a censura foi burlada

Por Bruno Hoffmann*

Durante a ditadura militar (1964-1985), os compositores considerados subversivos eram vigiados de perto. O principal recurso para burlar a censura era abusar das metáforas e contar com a pouca inteligência dos censores – o que costumava dar certo.
Em 1972, porém, Paulo César Pinheiro resolveu escancarar ao escrever Pesadelo, em parceria com Maurício Tapajós. A canção ia direto ao ponto: Você corta um verso / Eu escrevo outro / Você me prende vivo / Eu escapo morto. “Propus a Maurício um canto de guerra. Uma canção em que não usássemos metáforas, em que disséssemos claramente o que pensávamos, sem subterfúgios, sem firulas, sem máscaras”, Paulo explica no livro História das Minhas Canções.
O MPB4 prometeu gravá-la caso fosse aprovada, mas o grupo sabia que era quase impossível passar pelo crivo dos censores. Não contavam com uma artimanha de Paulo César Pinheiro: enviar a música para análise na pasta das músicas de Agnaldo Timóteo, que fazia parte da mesma gravadora – os cantores considerados românticos recebiam aprovação quase automática. Pesadelo voltou liberada e sem cortes. E dizem que Timóteo nunca soube da história.
A canção ganhou os shows do MPB4 e tornou-se um dos hinos de resistência durante os anos de chumbo. Até combatentes da Guerrilha do Araguaia a cantavam na selva para manter o moral elevado.

*Matéria publicada na revista Almanaque Brasil

Coração de estudante

Em 1983, Milton e Wagner Tiso compuseram a música "Coração de estudante" para o filme Jango, do diretor Sílvio Tendler. A letra lembra o enterro do estudante Edson Luís, morto por policiais em 1968. A música se tornou hino da campanha Diretas Já em 1984 e foi tocada no funeral de Tancredo Neves no ano seguinte.

Mulheres estão bebendo e fumando mais

Doenças como câncer, diabetes e a hipertensão estão cada vez mais presentes no universo feminino. As causas são o consumo exagerado de álcool e o tabagismo. Pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde mostra que enquanto o homem manteve estável o consumo de álcool desde 2006, a mulher brasileira cada vez mais está bebendo. Segundo o Ministério, 10% da população feminina toma mais que quatro doses diárias de bebida alcoólica.

Para descontrair

Dois amigos estavam conversando até que um deles, o José disse:
- Minhas relações com minha esposa estão ficando monótonas e sem graça, não estou mais aguentando!!
O outro disse:
- Oh José, porque você não faz que nem eu? Brinca de médico durante uma hora!!! Isso mudou minha vida com minha esposa!! Saímos da monotonia!!
- Poxa, incrível! Com tantos anos de casado você ainda consegue passar uma hora inteira brincando de médico com sua mulher? Como você consegue?
- Muito simples!! Eu deixo ela esperando 55 minutos na sala de espera!

Na palma da mão


Uma casa de vidro nas mãos de uma mulher. Este projeto do arquiteto grego Andreas Angelidakis  foi criado usando como inspiração as celebridades.

Ler é preciso



Érico Veríssimo escreveu sua obra “Incidente em Antares” em 1971. Foi o seu último romance e nele ele conta a história de duas famílias, que ao longo de toda a existência sempre viveram em conflito. Os Campolargo e os Vacariano dominam a cena política da cidade e quando aparece uma terceira força ameaçando o poderio deles, os inimigos se unem para rechaçá-la. Misturando ficção com história o autor mostra a face da sociedade fingida e hipócrita.
O ponto alto é quando por conta de uma greve geral, sete defuntos ficam ao léu no cemitério. Os defuntos revoltados saem dos caixões e fazem uma manifestação na cidade, deixando autoridades preocupadas e a população apavorada. Como já estão mortos podem falar os “podres” de todos sem medo, uma vez que nada mais podem sofrer.
No auge da confusão eles (os defuntos) ameaçam apodrecer na praça principal da cidade, caso não haja o sepultamento pelos coveiros que também aderiram à greve.
A situação sai do controle e uma enxurrada de acusações de roubos, traições, fraudes e outros crimes vem à tona e enquanto alguns desmaiam outros aplaudem os defuntos. Os defuntos são atacados e batem em retirada de volta aos caixões e os coveiros desistem da greve e os mortos são sepultados.
A partir daí inicia-se uma verdadeira operação borracha para apagar as sujeiras que foram lançadas sobre os grandes nomes da cidade. E assim se passam sete anos e a população de Antares como que por encanto não se lembra mais do episódio dos sete mortos no coreto da praça. Como em nossos dias, é melhor apagar da memória, esquecer os erros e continuar a vida.

Malu Pedarcini

Melhoraram com o tempo

Claudia Leite
Adriane Galisteu
 
Flávia Alessandra

Dizem que o tempo é cruel, mas na quase totalidade desses casos, o tempo só melhorou a aparência de algumas celebridades. É certo que a beleza de alguns é resultado de plásticas, tratamentos de beleza e malhação constante, mas não deixa de ser interessante observar o antes e depois desses astros e estrelas.

Estrangeirismos

Não é de hoje que a influência de línguas estrangeiras no português incomoda. No fim do século 19, havia tantos termos em francês e em inglês na boca dos brasileiros que o latinista carioca Antônio de Castro Lopes passou anos criando novas palavras no lugar dos estrangeirismos. No livro Neologismos Indispensáveis e Barbarismos Dispensáveis, ele perpetuou dezenas de invenções, como “cinesíforo” e “ludopédio” no lugar de chauffeur e football. Os vocábulos eram criados com rigor, baseados na raiz latina do português – ludopédio, por exemplo, é a aglutinação de ludo (jogo) com pedio (do latim pé). Mas as palavras de Castro Lopes não agradaram os ouvidos da época. O escritor Machado de Assis ameaçou abandonar as letras caso a ideia fosse em frente. “Mando meu ofício à fava, e passo a falar por gestos. Não estou brincando”, escreveu em uma crônica de 1888. Para nossa sorte, poucas traduções caíram na boca do povo.

Estações

No passado, o ano era dividido em veris (bom tempo, estação da floração), e hiems (mau tempo, estação do frio). O Diccionário Etimológico de la Lengua Castellana, de Juan Corominas, diz que o sistema de quatro estações foi adotado a partir do século XVII. 

Derivados do latim, o nome das estações significam:

Primavera - de primo vere, quer dizer princípio da boa estação;
Verão - de veranum tempus, significa tempo da frutificação;
Outono - de tempus autumnus, é o mesmo que tempo de ocaso;
Inverno - de tempus hibernus, quer dizer tempo de hibernar.

Recanto poético

 Trecho I da "A Rua dos Cataventos", de Mário Quintana

Escrevo diante da janela aberta.
Minha caneta é cor das venezianas:
Verde!... E que leves, lindas filigranas
Desenha o sol na página deserta!

Não sei que paisagista doidivanas
Mistura os tons... acerta... desacerta...
Sempre em busca de nova descoberta,
Vai colorindo as horas quotidianas...

Jogos da luz dançando na folhagem!
Do que eu ia escrever até me esqueço...
Pra que pensar? Também sou da paisagem...

Vago, solúvel no ar, fico sonhando...
E me transmuto... iriso-me... estremeço...
Nos leves dedos que me vão pintando!

Da fogueira aos céus



Ela era apenas uma camponesa do vilarejo francês de Domrémy. Mas, aos 13 anos, Joana d’Arc começou a escutar vozes. A jovem, nascida em 1412, dizia ouvir santos dando-lhe instruções sobre como vencer a Guerra dos Cem Anos (travada entre a França e a Inglaterra, de 1337 a 1475). Quatro anos depois, Joana lideraria milhares de soldados, motivados por sua fé. Aquelas vozes, entretanto, acabaram servindo de pretexto para que ela fosse queimada na fogueira em 1431, depois de um julgamento religioso comandado pelo reitor da Universidade de Paris. A Igreja Católica, que a condenara por bruxaria, acabou revertendo o veredicto e, no ano de 1920, a canonizou.

Para encerrar bem o dia

Hoje, 11 de março, é o Dia Internacional das Vítimas do Terrorismo, o Dia de São Constantino e o Dia de Santo Eulógio.