E hoje relembrando o dia em que ele nasceu, nossa homenagem a Renato Russo, que se estivesse vivo estaria completando 57 anos.
“Eu rabisco o sol que a chuva apagou”.
Alguém que escreve um verso desses é ou não uma pessoa
especial? Renato Manfredini Júnior era
um ser especialíssimo. O nome Renato Russo foi uma homenagem a três grandes
personalidades da história da arte: o iluminista suíço Jean-Jacques Rousseau, o
filósofo inglês Bertrand Russel e o pintor francês Henri Rousseau. Renato era
carioca, mas morou nos Estados Unidos quando criança e depois se radicou na
capital federal.
Na adolescência foi acometido por uma doença de nome
esquisito, a Epifiólise, que lhe tolheu o movimento das pernas. A doença durou dois
anos e neste período ele aproveitou para ler e estudar muito.
Deu aulas de inglês, mas gostava mesmo era de música. Em
1978 criou a banda “Aborto Elétrico” que durou quatro anos. Ainda neste ano,
ele conheceu Dado Vila-Lobos e Marcelo Bonfá, com quem viria a formar a banda
Legião Urbana em 1982.
Começava aí uma carreira de sucesso, com letras de músicas
que levavam à loucura uma multidão de fãs.
Em 1994 se lançou na carreira solo com um disco todo gravado
em inglês. Os royalties desse disco foram doados para a Ação da Cidadania
contra a Miséria e pela Vida, campanha do sociólogo Betinho.
Paralelamente se apresentava com a Legião Urbana em grandes
shows. O último foi em Santos em 14 de janeiro de 1995.
No dia 11 de outubro de 1996, às 1h15, Renato Russo morreu
em seu apartamento em Ipanema, no Rio de Janeiro, vítima de broncopneumonia,
septicemia e infecção urinária, decorrentes da AIDS, depois de seis anos como
portador do vírus HIV. A Legião Urbana
acabaria oficialmente uma semana depois, deixando órfãos milhões de fãs.
Mais de duas décadas após sua morte ele continua despertando
o amor dos fãs e não faltam homenagens: discos, livros, clones, shows. Renato
morreu, mas o mito ficou para sempre.
Malu Pedarcini
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