Sétima arte

Se existe uma coisa que os americanos gostam de fazer, e fazem bem, é apologia. Eles usam o cinema para exaltar para o mundo os seus herois e anti-herois. Alguns desses anti-herois já foram roteiro de filmes como Jesse James, Billy The Kid, Al Capone e Butch Cassidy e Sundance Kid. Mas, de todos, o mais apaixonante em minha opinião é Bonnie e Clyde, Uma Rajada de Balas, uma produção de 1967 e dirigido por Arthur Penn.
O filme conta a história real dos bandidos Bonnie Parker e Clyde Barrow que aterrorizaram os Estados Unidos na época da Depressão Americana, na década de 30.
Com a estreante e estonteante Faye Dunaway no papel de Bonnie e Warren Beaty personificando o bandido Clyde, ainda traz Estelle Parsons e Gene Wilder, entre outros.
O filme é famoso tanto por sua montagem acelerada quanto por suas rápidas mudanças do tom da narrativa, passando rapidamente do humor para a violência mais exacerbada. O final, previsível, mas nem por isso diminui a emoção. A fotografia é perfeita, tanto que ganhou um Oscar.
Uma curiosidade: a Warner Brothers temendo pelo fracasso do filme propôs a Warren Beaty 40% da bilheteria em troca dele bancar a produção. Ele ficou milionário. Então, é fazer a pipoca e bom divertimento.

Antonio Santiago